terça-feira, 31 de março de 2009

Os Blogs também têm suas estrelas

http://www.fndc.org.br/internas.php?p=noticias&cont_key=360240

MODELO PRÉ-ROTEIRO

Determinar quantos blocos, capítulos, segmentos o seu projeto ou produto será composto e descrever cada um deles com o maior número de detalhes para que o leitor tenha idéia da formatação. Ou seja, aqui você vai descrever o que irá constar nas peças, texto, vídeo, áudio, etc.
1º BLOCO
2º BLOCO
3º BLOCO
4º BLOCO

Sumário Executivo

Objetivo
Expor em três ou quatro frases o objetivo do projeto, mídias utilizadas, o que vai ser descrito, apresentado, exposto, etc. Se for o caso, explicar quem é ou qual é o objeto central do projeto. Se for relevante, explicar fato ou assunto paralelo que fortaleçam o projeto ou produto final.
Justificativa
Apresentar dados ou explicação sobre os motivos que você considera importantes para apresentar o seu projeto. Por quê esse projeto deve ser objeto da sua atenção e deve, portanto, se converter em um produto midiático. Se for o caso, explicar a razão da escolha da(s) mídia(s) digital(is) em questão ou explicar o tipo de abordagem. Explicar por exemplo o uso de imagens, dados, cenas, fotos externas, etc.... Se houver entrevistados e/ou personagens esclarecer quantos e quais são e porquê vai utilizá-los.
Formato
Deixar claro como será captado e como será entregue o produto final, a mídia ou recurso utilizado, tempo de duração, número de blocos e breaks (se houver), a que tipo de transmissão/veiculação se destina (cinema, tv digital, celular, web, blog, etc.). Esclarecer se utilizará imagens de arquivos e/ou de outras emissoras, museus, galerias, ou outras tecnologias e acervos. Deixar claro também se o produto ou projeto será desdobrado para outras mídias e/ou outros eventos, projeções, instalações, venda, etc. (long tail).
Viabilidade
Apresentar os recursos de que dispõe, desde a aceitação de participação de entrevistados, personagens ou colegas de trabalho/universidade, tempo de que dispõe até mesmo a utilização até equipamentos, de tecnologia, etc.
Estratégia de marketing
Apresentar um plano para a apresentação e/ou divulgação do produto final ou projeto. Se for o caso, indicar as mídias que resultarão do projeto ou produto final. Indicar se haverá mais uma forma de divulgação, de multiplicação do produto, se haverá evento, festa, encontro, premiação, etc....

domingo, 29 de março de 2009

Carl Sagan - The Blue dot

http://www.youtube.com/watch?v=p86BPM1GV8M&feature=related


http://www.youtube.com/watch?v=47EBLD-ISyc

Internet móvel requer sites especiais, aconselham especialistas no MMF

TELA VIVA 26.03.09

Uma das lições mais repetidas durante o Mobile Marketing Forum (MMF), evento organizado pela Mobile Marketing Association (MMA) esta semana em São Paulo, é a necessidade de se tratar a internet móvel de maneira apropriada e levando em conta as características únicas dessa mídia. No primeiro dia do evento, Michael Becker, vice-presidente da iLoop, relembrou uma velha máxima da teoria da comunicação para justificar isso: o meio é a mensagem. "Talvez exista apenas uma internet em termos de conteúdo. Mas quando se trata de interface com o usuário, existem várias internets diferentes, tanto quanto telas de celulares diferentes. O meio é a mensagem. Temos que levar isso a sério no celular", disse Becker.No segundo dia do evento, nesta quinta-feira, 26, os cases apresentados por alguns importantes players da internet tradicional confirmaram a tese defendida por Becker. Samantha Jones, do UOL, disse que sua empresa tem três diferentes versões de seu portal para internet móvel: um para celulares em geral, outro para smartphones e um terceiro especialmente para iPhones. Segundo a executiva, uma das diferenças gritantes no uso da internet móvel em comparação com a internet acessada via PC é que a navegação não é tão profunda. Em outras palavras: no celular, o usuário não está disposto a dar muitos cliques e avançar para páginas internas. "Dificilmente o usuário chega até a terceira tela", relatou. É por isso que o UOL tenta condensar o máximo possível de informações relevantes logo na primeira página de sua versão móvel, disse Samantha.O Terra também aprendeu que era necessário adaptar seu portal para a internet móvel. Antes de fazê-lo, boa parte das pessoas que tentavam conectar o site comum do Terra via celular não conseguiam terminar de carregar a página. Hoje, o Terra tem versões especiais para iPhone, Blackberry e modelos high end da Nokia, que juntos representam cerca de 90% dos acessos móveis ao portal. Depois que foram feitas as versões para internet móvel, o acesso via celular ao portal do Terra aumentou 119%.A lição que os portais já aprenderam ainda precisa ser repassada para algumas agências de publicidade e grandes anunciantes no Brasil. Durante o MMF foram relatadas algumas experiências em mobile marketing que poderiam ter obtido melhor resultado se houvesse mais conhecimento sobre a mídia móvel. Houve, por exemplo, um caso de um banner WAP da Mercedes que levava para o site da empresa que estava programado em Flash. O problema é que os browsers dos celulares não são capazes de navegar em Flash. Mas mesmo quando programados em HTML os sites oficiais das empresas na internet costumam ser muito pesados para serem abertos em um celular mais simples. O ideal é que o banner leve para uma "landing page" criada especialmente para internet móvel. "Recomendo que tenha no máximo 50 Kb", disse Samantha.MétricasSobre a questão das métricas de campanhas móveis, a Predicta apresentou uma solução que vem sendo usada pelo Terra e que consegue gerar relatórios detalhados sobre cada ação. "Conseguimos ver o número de visitas, a quantidade de usuários únicos, o tempo médio de navegação por tipo de aparelho etc", disse Claudia Woods, CIO da Predicta. Fernando Paiva

MMA lança guia brasileiro de melhores práticas para campanhas via SMS

TELA VIVA 26.03.09

O capítulo latino-americano da Mobile Marketing Association (MMA) lançou nesta quinta-feira, 26, seu manual de melhores práticas no trato com o consumidor (MPC). Trata-se de um guia que visa instruir as empresas que realizam campanhas de marketing móvel via SMS sobre como devem proceder, de forma a não ferir os direitos e a privacidade dos consumidores e, logo, não prejudicar o desenvolvimento do próprio mercado. O manual foi elaborado por um comitê da MMA dedicado ao assunto. As recomendações contidas nele têm o aval das quatro grandes opeadoras brasileiras: Vivo, Claro, TIM e Oi.De maneira geral, o guia usa como base os princípios contidos no código de conduta da MMA, que exige, dentre outras coisas, que: 1) o realizador da campanha detenha a autorização (opt-in) do consumidor para lhe enviar mensagens; 2) cada autorização é válida apenas para aquela campanha à qual o consumidor aceitou receber mensagens e não pode ser estendida para outras sem a concordância do usuário; 3) a opção de cancelamento tem que ser de fácil acesso e constantemente divulgada; 4) as informações divulgadas pelo usuário devem ser mantidas sob sigilo. Da Redação

Pessoas passam mais tempo na Internet do que na TV, aponta pesquisa

Sexta-feira, 27 de Março de 2009

A Deloitte divulgou nesta sexta, 27, o resultado da terceira edição da pesquisa "O Futuro da Mídia", que, pela primeira vez, inclui o Brasil no quadro de países participantes, que tem ainda Estados Unidos, Japão, Alemanha e Grã-Bretanha. Segundo a pesquisa, as pessoas passam três vezes mais tempo por semana conectados à Internet do que assistindo televisão. A pesquisa diz ainda que o Brasil apresenta crescimento em termos de consumo de mídia, sendo que os consumidores gastam 82 horas por semana utilizando diversos tipos de mídia e tecnologias de entretenimento. Para a maioria dos consumidores pesquisados, o computador superou a televisão em termos de entretenimento, sendo que 81% consideram o computador um meio de entretenimento mais importante que a TV, e 58% deles disseram que videogames, jogos no computador e online são importantes fonte de entretenimento. Além disso, a pesquisa aponta que 50% dos entrevistados estão atentos aos lançamentos tecnológicos e tentam adquirir rapidamente esses equipamentos. Ainda 47% usam o celular como um dispositivo de entretenimento.Segundo a Deloitte, foram ouvidos cerca de 9 mil pessoas no total, sendo 1.022 no Brasil. O grupo foi dividido em quatro categorias, de acordo com a idade: Geração Millennials (ou geração Y), na faixa etária de 14 a 25 anos; Geração X, na faixa etária de 26 a 42 anos; Geração "Boomers", na faixa dos 43 aos 61 anos; Geração "Matures", na faixa etária de 62 a 75 anos. A chamada Geração X é a mais envolvida com atividades interativas na Internet, como assistir a programas de TV ou usar o computador para chamadas telefônicas. Os pesquisados apontam ainda o computador como importante ferramenta de entretenimento, mas não necessariamente como mais importante mídia, já que o conteúdo próprio tem grande importância. 83% dos entrevistados fazem seu próprio conteúdo de entretenimento por meio, por exemplo, da edição de fotos, vídeos e músicas.PublicidadeO alto investimento publicitário na TV, contudo, se justifica. Pela pesquisa, a publicidade na televisão é considerada mais influente por todos os segmentos de idade, seguida da propaganda em revistas, on-line e jornais. Contudo, a TV perde influência entre os mais jovens. Os da chamada Geração Millennials, consideram a televisão e os jornais relativamente menos influentes sendo que a curva estatística da influência da Internet, dos telefones celulares e dos videogames cresce entre esse segmento de idade.Na Internet, os entrevistados consideram a publicidade apresentada nos resultados de mecanismos de busca e banners de propaganda os mais influentes.AcessoA maioria dos entrevistados da pesquisa diz sentir-se limitada em função da velocidade de conexão, sendo que 85% afirmaram estar dispostos a pagar mais para ter conexões mais velozes. As pessoas da faixa etária acima de 43 anos são as mais dispostas a pagar mais por velocidades maiores.Um total de 92% dos entrevistados possui celular. Entre os aplicativos oferecidos por este tipo de aparelho, as mensagens de texto são as mais utilizadas (92%), seguidas da câmera digital (78%), jogos (67%) e a câmera de vídeo (62%). A íntegra da pesquisa está dividida em quatro arquivos, disponíveis para download no site Tela Viva: O Estado da Democracia na Mídia, Publicidade, Produtos de Mídia, Atividade Social/Viral Da Redação

quinta-feira, 26 de março de 2009

BBC Brasil lança portal multimídia interativo

http://www.bbc.co.uk/portuguese/

Google caminha para a web 3.0

ADNEWS - 25/03/09
Nesta terça-feira, (24), o Google anunciou que a partir de agora seu sistema de busca foi equipado com tecnologia semântica, que vai aprimorar a procura feita pelos usuários. Dessa maneira, o site vai associar palavras buscadas com outras de significado parecido. Chamada de "busca semântica", a ferramenta será habilitada em 37 idiomas.
Com a mudança, por exemplo, uma procura no Google em inglês com as palavras "princípios da física" trará sugestões de links sobre o "big bang" e "mecânica quântica". Segundo engenheiros da companhia, com a "busca semântica" haverá mais perguntas, linguagens e sugestões do que é mais relevante para a necessidade do usuário.Trata-se do princípio básico do conceito de web 3.0, considerado por especialistas a próxima fase da internet. As ferramentas de busca on-line são baseadas na junção de palavras-chave classificadas em blocos de perguntas, que contêm palavras inseridas nos sites ou em outros bancos de dados na web
O interesse por serviços que aprimorem a qualidade das buscas tem crescido. As empresas tentam criar sistemas mais inteligentes que procurem interpretar e compreender o significado de frases ou combinação de palavras, ao invés de considerar somente do casamento delas.
A Microsoft confirmou recentemente, que está testando seu sistema de buscas Kumo.com, que chegará ao mercado para aumentar a popularidade nas buscas, já que o atual serviço da empresa, o Live Search, está em terceiro lugar, atrás do Google, líder do mercado e do Yahoo!, segundo colocado.
Com informações da France Presse
Redação Adnews

terça-feira, 24 de março de 2009

A História Secreta do Myspace

http://www.fndc.org.br/internas.php?p=noticias&cont_key=357615

Por uma história crítica da mídia

http://www.fndc.org.br/internas.php?p=noticias&cont_key=357320

Popularidade das redes sociais causa 'ressaca' em seus veteranos

23/03/2009 - Juliana Carpanez - G1
Fenônemo já visto no Orkut começa a se repetir no microblog Twitter. Usuários antigos torcem o nariz para popularidade de seu 'clube virtual'.
“O Orkut é brega”, “Facebook é a bola da vez” e “Orkut sucks, Twitter rules” (“Orkut é péssimo, Twitter domina”) foram alguns dos comentários postados em uma recente reportagem do G1 sobre redes sociais. Em outro texto, este sobre informações judiciais divulgadas nos microblogs, a reação seguiu o mesmo tom: “peço às autoridades jornalísticas que parem de divulgar o Twitter no Brasil. Já basta o Orkut ter sido infestado dessa ralé”, escreveu um leitor identificado como Seu Madruga, que ganhou o apoio de outros anônimos.
Quando isso acontece, os pioneiros optam por abandonar o ambiente (ação conhecida como Orkuticídio, quando na rede social do Google) ou deixam de atualizar seus perfis com tanta frequência, geralmente investindo em algo novo. Essa debandada já foi vista no Orkut -- quando seus usuários partiram em busca do MySpace, Facebook e afins – e agora dá sinais no Twitter, serviço de microblog que vem ganhando adeptos no Brasil. Se você ainda não conhece o Twitter, entenda aqui como funciona.
Conforme acumulam seguidores (usuários que acompanham seus textos de até 140 caracteres), muitos twitteiros “veteranos” reclamam da invasão do site. O blog Maldita cultura pop fez uma previsão do que acontecerá, com base na experiência testemunhada no Orkut. Segundo o post, adolescentes marcarão briga usando o Twitter, surgirão os twitts pagos (como já fez o apresentador Marcelo Tas), o Google vai comprar o Twitter, estrangeiros vão discriminar brasileiros, casais de namorados brigarão por coisas que foram escritas no Twitter dos outros, uma enxurrada de perfis de gatos, cachorros e bebês serão criados e -- é claro -- usuários cometerão “twittercídio”.
Exclusividade
Os comentários mostram um comportamento que vem se tornando constante na web brasileira: aqueles que aderem primeiro a uma rede social torcem o nariz ao ver seu “clube virtual” ser invadido.
Emerson Calegaretti, diretor-geral do MySpace no Brasil, concorda que essa tendência da ressaca das redes sociais existe. “Para uma pequena parcela da população, ter acesso exclusivo a um produto ou serviço tem muito mais valor do que sua utilidade ou benefício percebido”, afirma. “Os early adopters [adeptos às novidades] usam os sites de relacionamento como símbolo de status. Pertencer a uma rede que ninguém conhece ou usa torna essa pessoa um desbravador, um conhecedor de mistérios herméticos que os demais ainda não conhecem.” Calegaretti lembra, no entanto, que a tendência de sites sociais é crescer de forma geométrica.
É isso o que mostram os números do Ibope Nielsen Online: na internet residencial brasileira, o Twitter passou de 225 mil visitantes únicos em janeiro de 2009 para 344 mil em fevereiro – crescimento de 52,8% em um mês. No início do ano, o Orkut teve 17,5 milhões de internautas domésticos (mais de 70% dos usuários residenciais ativos no país), MySpace chegou a 1 milhão e Facebook teve 900 mil -- todas as páginas, diz o Ibope, apresentam crescimento.
Gilberto Pavoni Junior, jornalista que se diz viciado no universo virtual, afirma que o movimento de migração surgiu paralelamente à popularização das redes sociais. “A Tecnologia da Informação é uma indústria de bolhas. Os novidadeiros ajudam a criar, enquanto o público comum ajuda a estourar, e assim começa tudo de novo. Os novidadeiros não querem correr o risco de serem confundidos com um cidadão médio: por isso eles migram em busca de algo novo”, diz Pavoni, que está cadastrado em cerca de 30 dessas redes.
Ele não acredita que esse movimento represente o fim de sites sociais. “Eles podem morrer para os early adopters, mas permanecem para os demais.” Pessoalmente, Pavoni não se incomoda com a popularização dos grupos: para ele, isso mostra que os novidadeiros estavam certos, cria um mercado para sustentação comercial do que foi descoberto e empurra os fãs de novidades para outras descobertas. “Alguns encontram uma praia. Quando a muvuca invade e fica surfando, é hora de procurar uma nova praia deserta.”
Confusão
O administrador de sistemas Rodrigo Correia, 32, se considera um early adopter por gostar de novidades tecnológicas. Ele, que em meados do ano passado fez uma lista com “bons motivos para sair do Orkut e migrar para o Facebook” diz não se importar com a popularização de uma rede, um indicador de sucesso. “O que me incomoda não são os usuários genuínos, mas os spammers que inevitavelmente chegam com o crescimento desses sites”, conta (saiba como funcionam as mensagens indesejadas no Twitter).
Ícaro Leal da Silva, 17, faz parte da primeira leva de internautas brasileiros a cometer twittercídio – ele disse preferir outros serviços de microblog, como Jaiku e Plurk. Participante de diversas redes sociais, Silva reforça a tese de que o medo em relação à popularização das páginas está ligado à confusão que eles viram com a adesão de um grande número de pessoas. “Aconteceu isso no Orkut, que tem excesso de spam e comunidades inúteis. É como se fosse um trauma”, acredita.
Também nas estatísticas dos twittercidas, Fernando Gouveia, 32, abandonou o site e depois voltou. Conhecido como Gravataí Merengue, por causa de seu blog, o advogado saiu quando estava sobrecarregado de trabalho, por achar que o microblog atrapalhava na concentração. Encontrou mais paz para trabalhar, mas acabou voltando com o objetivo de participar de discussões e conversas que considera interessantes.
“Algumas pessoas se irritam nos sites de relacionamento porque não gostam de povo. Quanto mais popular for um twitteiro, menos ele é ‘pop’ no sentido lato. Menos ele tolera um ‘miguxo’, uma pessoa mais humilde ou que cometa mais erros de português do que ele”, diz Gouveia.
Fidelidade
O professor e pesquisador Silvio Meira não acredita que sites de relacionamento sejam abandonados porque se tornam populares. “O pessoal que começa a rede tem acesso a essa tecnologia em estado alfa e beta, quando os demais usuários ainda não estão lá. Se os early adopters não estiverem usando os sites como parte do que seriam processos essenciais para seu trabalho e vida, não há razão para permanecerem lá, onde nada os prende.”
“Ninguém troca seu provedor de e-mail de uma hora para outra. Há um custo relativamente alto envolvido nesse tipo de mudança, como mensagens que enviamos, que recebemos e muitas pessoas que conhecem aquele endereço”, compara o professor de engenharia de software do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, e cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife.
Meira exemplifica, dizendo que grupos -- sejam eles de ciclistas ou de um maracatu -- que usam sites de relacionamento para se articular continuarão lá por muito tempo, pois a atividade dos integrantes será a motivação do uso. “Se abandonarem o serviço, seja ele qual for, será porque não veem ali agregação de valor que remunere o custo de usá-lo. No caso das redes socais, esse custo é o trabalho de manter um perfil ativo”, reforça.
De olho nisso, o MySpace tem uma estratégia de ir além da rede social, oferecendo aos seus usuários conteúdo exclusivo, de seu interesse – exemplo disso são os off-line shows promovidos pelo site e também lançamentos on-line de novas músicas. Outra aposta da companhia, assim como de seus concorrentes diretos, são ferramentas de gerenciamento de privacidade. Com elas, os internautas podem selecionar as pessoas que verão as informações divulgadas nos sites, como recados e fotos.

Youtube apresenta nova interface móvel

http://www.youtube.com/watch?v=Z9YAsujCwsA&feature=player_embedded

sábado, 21 de março de 2009

Consumo de mídia está mais disperso

A TV ainda é o principal veículo de comunicação publicitária no Brasil, mas o nível de dispersão do consumidor é alto. Esta é uma das conclusões a que se pode chegar ao analisar a pesquisa O Futuro da Mídia, realizada pela primeira vez no País pela consultoria Deloitte. Foram entrevistadas 1.022 pessoas, entre 14 e 75 anos, divididas segundo a seguinte classificação: Geração Y (de 14 a 25 anos); Geração X (26 a 42); Geração Boomers (43 a 61); e Geração Matures (62 a 75).
"A tendência, inclusive da TV, é ir cada vez mais para a internet", afirma Marco Brandão, sócio da Deloitte na área de tecnologia, mídia e telecom. De acordo com o levantamento, os consumidores gastam, atualmente, 82 horas por semana utilizando diversos tipos de mídia e entretenimento tecnológico, como videogame. Quando perguntados sobre quais os três tipos de inserções publicitárias de maior impacto, 75% dos entrevistados citam as de TV. Esse número é alto inclusive entre a Geração Y (69%), mas cresce nas gerações X e Matures (77%) e especialmente na Boomers (79%).
Considerando-se todos os entrevistados, os anúncios em revistas aparecem em segundo lugar em influência (57%), seguidos daqueles veiculados online (45%) e em jornais (30%). Os celulares aparecem na quinta posição, com 19% das respostas. Entre os jovens de 14 a 25 anos, porém, a publicidade em celular é considerada mais influente (23%) do que nos jornais (15%). Eles são também os que dão mais importância à publicidade online (51%), enquanto quem tem de 62 a 75 anos dá menos valor (30%).
Apesar do poder confirmado da televisão, é importante notar que apenas 37% das pessoas consultadas não fazem mais nada enquanto assistem aos programas, novelas e afins. Os outros 63% desenvolvem diversas atividades enquanto estão em frente à telinha: 44% disseram navegar em sites; 38% lêem, escrevem e mandam e-mails; 33% falam com outras pessoas pelo telefone celular e 30% pelo fixo.
Os números indicam que a internet é um canal publicitário fortíssimo, especialmente entre os mais jovens. "Essa pesquisa também é realizada nos Estados Unidos, no Japão, na Alemanha e na Grã-Bretanha e, somente no Brasil, a geração Y gasta mais tempo na internet do que na TV", frisa Brandão.

sexta-feira, 20 de março de 2009

DM9DDB: anunciar marcas em redes sociais é um desafio

19/03/2009

As agências de publicidade estão de olho nas redes sociais. Porém, fazer a inserção de marcas nesse universo é um verdadeiro desafio. Para o vice-presidente da DM9DDB, Paulo César Queiroz, em palestra durante o Web Expo Forum nesta quinta-feira, 19, não se trata apenas de colocar um anúncio em um site de relacionamento, blog ou comunidade online, uma vez que estes são locais que as pessoas acessam em seus momentos de lazer, e não estão dispostas a ver publicidade neles. "Existem diversas formas de colocar a sua marca nessas redes. Você pode, por exemplo, criar concursos com prêmios, ser um agregador de conteúdo, criar widgets, jogos, entre outros, desde que sejam conteúdos relevantes para essa audiência", diz. As redes sociais, blogs e fóruns já respondem por 34,5% do tempo online, segundo o publicitário.
Para acomodar esses trabalhos, segundo Queiroz, a agência tem aos poucos mudado o seu modelo de negócios para a remuneração por fee, e não apenas por mídia. "Para os trabalhos realizados nas redes sociais, criamos grupos de consultores dentro da agência, que vão fazer esse trabalho para o cliente e cobrá-lo como o custo de uma consultoria", diz.
De acordo com Queiroz, a DM9DDB já tem investimentos da ordem de R$ 42 milhões programados para mídia display este ano. Ele conta também que hoje a Internet representa 6% da compra de mídia da agência. Da Redação - TELA VIVA

Web 2.0 cada vez mais faz parte da estratégia de empresas

TI INSIDE 19/03/09
A web 2.0 já é uma realidade e começa a modificar o ambiente corporativo à medida que as grandes organizações passam a basear suas estratégias nas novas ferramentas da internet, tendo como foco a colaboração e interatividade. Esse fenômeno começa a abrir margem para o surgimento da chamada corporação 2.0.
Inúmeras empresas que atuam no Brasil, como Renault,General Motors, Mapfre Seguros e Sul América Seguros, já lançam mão de ferramentas como blogs, redes sociais e twitter, seja para gerar campanhas publicitárias de seus produtos e serviços, seja para estreitar o relacionamento com seus clientes, ou para aumentar a visibilidade da marca.
Durante o último dia do Web Expo Forum, nesta quinta-feira, 19, essas empresas mostraram as diferentes formas como utilizam as ferramentas de colaboração em suas estratégias de negócio.
Segundo Sylvia Ferrari, assessora de comunicação da Mapfre Seguros, a empresa já "abusa" do uso de mídias sociais para posicionar a marca e espalhar conteúdos a seus clientes, com o intuito de aumentar a visibilidade da empresa.
"Mas o conteúdo tem que ser relevante e estar além da marca. Assim, ele gera um retorno positivo para a empresa, que abre um diálogo interessante e transparente com o cliente", afirma Sylvia.
Na visão de Allan Fonseca, gerente de CRM e canais dirigidos da Sul América Seguros, a utilização de ferramentas da web 2.0 têm muito valor para a empresa, pelo fato de aumentar a comunicação e a interação com o consumidor, que utiliza esses diálogos para aperfeiçoar os produtos que vão para o mercado."Com as ferramentas sociais é possível gerar um retorno interessante com quase nenhum investimento em mídia", afirma o executivo.
Nesse sentido, a entrada das empresas no mundo da web 2.0 já começa a ser vista como um importante diferencial de mercado.
De acordo com Cristina Ponte de Andrade e Silva, gerente de marketing e relacionamento da GM do Brasil, a imersão na web 2.0 passa a se tornar vital para as empresas. "É um mercado que está em ampla expansão. Quem não entender e passar a utilizar a web 2.0 vai ficar para trás, pois não saberá o que fazer com a sua marca nesse meio", analisa Cristina.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Dobra uso de internet móvel

Redes sociais, blogs e sites de notícias impulsionam o acesso à web móvel, aponta pesquisa
A quantidade de pessoas utilizando telefone celular para acessar a internet dobrou de janeiro de 2008 para janeiro de 2009. A conclusão é de um levantamento realizado pela comScore. O relatório da empresa mostra que o crescimento é resultado de um aumento nas redes de dados e mais conteúdo online. De forma geral, a comScore apontou que 63,2 milhões de pessoas acessaram notícias e informações em um dispositivo móvel no primeiro mês deste ano.
"Desde do ano passado temos observado que a internet móvel está fazendo parte da vida das pessoas", disse Mark Donovan, VP da divisão de mobile da comScore. "Isso demonstra a importância desse mercado, com os consumidores acessando em seus aparelhos informações úteis", completou.
As operadoras de wireless estão dando forte ênfase aos serviços de dados móveis porque isso abre possibilidade de receita além do serviço de voz. A T-Mobile está lançando sua rede 3G para os assinantes e empresas como Sprint e Verizon já lançaram planos para a próxima geração de banda larga móvel.
Dispositivos como iPhone 3G, Samsung Instinct, T-Mobile G1 e BlackBerry Storm ajudaram essa popularização da internet móvel. Enquanto smartphones lideram esse formato, a comScore também encontro alto percentual de usuários acessando web com telefones mais comuns.
As redes sociais lideraram o acesso à web móvel, informou a comScore. Muitos usuários acessam essas redes por aplicativos encontrados em lojas como a App Store, da Apple. Aplicações para Facebook e MySpace frequentemente batem recordes de download. Sites de notícias e blogs também estão entre os mais acessados. 17/03/2009 Marin Perez InformationWeek

A circulação de jornais e as mudanças na mídia

18/03/2009 Luis Nassif, em seu blog Vermelho

Um estudo amplo sobre os dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC) – que audita a tiragem de jornais e revistas – e do Ibope – para TV e rádio – comprova que a última década foi de mudanças estruturais. Essas modificações reduziram sensivelmente o papel e a influência da chamada grande mídia – categoria onde entram a Rede Globo, os jornais Folha de S.Paulo, Estado de S. Paulo, O Globo, Jornal do Brasil e Correio Braziliense. E um sensível aumento de competidores, da imprensa do interior e dos jornais populares.
Entre as TVs abertas, a Globo tinha um share de audiência de 50,7% em 2001. Chegou a bater em 56,7% em 2004 – coincidindo com a queda de audiência do SBT. Hoje está em 40,6% – coincidindo com a subida da TV Record – que saiu de 9,2% em 2001 para 16,2%.
Nas três últimas semanas, o Jornal Nacional deu 26% de audiência em São Paulo. Seis anos atrás, era de 42%. Nessa época, quando o JN caiu para 35% houve um reboliço na Globo. A ponto de edições do JN terem blocos de 22 minutos com várias matérias de apelo.
Aparentemente, perdeu esse pique.
O que interessa
Com os jornais da chamada grande mídia, repete-se o mesmo fenômeno. O estudo dividiu os jornais entre tradicionais (Folha, Estado, Globo, JB e Correio Braziliense), jornais das capitais, jornais do interior e jornais populares.
De 2001 a 2009, os tradicionais perderam 300 mil exemplares diários – de 1,2 milhão para 942 mil, queda de 25%. Os jornais de capitais (excetuando os do primeiro grupo) cresceram de 1,2 milhão para 1, 37 milhão – crescimento de 10,5%. Os jornais populares passaram de 663 mil para 1,2 milhão – alta de 85%. E os jornais do interior saltaram de 300 mil para 552 mil – alta de 83,5%.
Não apenas isso. Nos últimos anos, gradativamente os jornais estão se desvencilhando da pauta da chamada grande mídia. Antes, havia um processo de criação de ondas concêntricas em torno dos temas levantados pelo núcleo central, com os demais jornais acompanhando as manchetes e as análises.
De alguns anos para cá, essa dependência cessou. Um estudo de caso analisou bem essa diferença de enfoque. Lula esteve em São Paulo. Anunciou que as informações do INSS seriam fornecidas em três horas. Os grandes jornais e o JN deram destaque para a visita a uma sinagoga (para repercutir a questão do Holocausto) e para intrigas políticas. Todos os jornais populares, do interior e das capitais, deram destaque àquilo que interessava diretamente ao seu leitor: a diminuição dos prazos de informações do INSS.
Caminho longo
Esse exemplo sintetiza a armadilha na qual se meteu nos últimos anos a chamada grande mídia. Perdeu-se a noção dos temas relevantes ao leitor. Em vez de buscar a informação útil, enrolaram-se no chamado jornalismo de intriga – sempre procurando frases ou enfoques que privilegiassem conflitos.
Enquanto isto, os jornais populares – com exceção dos paulistanos (Agora, Diário de S.Paulo e Jornal da Tarde), que não decolaram – passaram a tratar dos temas de interesse de seu público, assim com os jornais de interior e da capital.
Vai ser um longo trajeto para recuperar os princípios do jornalismo.

iBlogTV: internet, sem computador, na TV

Por Ricardo Marques

O iBlogTV é um dispositivo que permite acessar a internet em TVs de LCD e plasma, sem a necessidade de um computador para isso. Segundo a empresa, eles estão de olho no consumidor que não tem muita familiaridade com computadores e querem navegar de forma simples. Para isso, o aparelho possui um mosaico de navegação, semelhante aos utilizados pelas TVs por assinatura. Ele ainda permite ver imagens, filmes e vídeos com resolução até 1024×768p.
Para facilitar a operação, o iBlogTV vem com um teclado sem fio com touchpad integrado e tem o tamanho de um receptor de TV a cabo. A conexão com a internet pode ser feita via rede banda larga, Wi Fi ou modem 3G.
A novidade está a venda nos sites CompraFácil, Magazine Luiza e para os assinantes NET pelo site da operadora, ao preço sugerido de R$ 999. Opa, eu disse R$ 999… No site do Magazine Luiza já é possível encontrar o produto a R$ 799.
Você sabia que a Philco, em 2003, lançou uma TV que acessava a internet? Não acredita, então clique aqui.

Desenvolvimento do mobile marketing está entre as prioridades das operadoras

18/03/2009 TELA VIVA

Diretores de SVA da Claro, TIM e Vivo discutiram a importância do mobile marketing dentro das operadoras nesta quarta-feira, 18, durante o painel Mobile 2.0, parte da programação do Web Expo Forum, evento que a Converge Comunicações promove em São Paulo esta semana. "Uma das nossas prioridades para este ano é organizar nossa estrutura interna para o mobile marketing", conta Fiamma Zarife, diretora de serviços de valor adicionado e roaming da Claro. Ela explica que esta organização vai desde a geração de bases segmentadas para os anunciantes até a organização da área financeira para a geração de notas para este serviço. Segundo a executiva, esta organização deve motivar os anunciantes a investir em mobile marketing. "Os números são muito animadores. Falamos em 155 milhões de linhas habilitadas. Mesmo que o anunciante não consiga atingir toda a base que deseja, vai atingir muita gente, mais do que com um anúncio em uma revista segmentada, por exemplo", observa.
Alexandre Buono, diretor de gerente de serviços de valor agregado da TIM Brasil, e Alexandre Fernandes, diretor de produtos e serviços da Vivo, concordam quanto à relevância do preparo da operadora para a demanda de mobile marketing. "Também está entre as nossas prioridades e estamos procurando desenvolver novos formatos", afirma Buono. "O retorno para o anunciante é maior do que o da mídia tradicional, a área deve receber cada vez mais investimentos", diz Fernandes.

terça-feira, 17 de março de 2009

Documentário: Criança a Alma do Negócio

http://www.alana.org.br/CriancaConsumo/Biblioteca.aspx?v=8&pid=40

Master Thesis Interactive TV

http://www.itvt.com/KarynLu-MasterThesis.pdf

TV em qualquer lugar?

16/03/2009
Gazeta Mercantil

Jeff Bewkes, presidente da Time Warner, espera colocar mais TV na internet, mas quer que os consumidores paguem por isso. A empresa, maior dona de redes de televisão por assinatura, o que inclui TNT, Cartoon Network, CNN e HBO, estava sentada assistindo às televisões abertas como ABC, CBS, NBC e Fox tentando encontrar uma solução para a distribuição de conteúdos de na web.
Mas agora, Bewkes tem um plano para colocar toda a programação da televisão paga na web, em sites como Hulu, MySpace, YahooTV ou mesmo Youtube. Mas claro, existe uma condição. Para ter acesso, a pessoa precisará provar que é assinante."Se você quer assistir suas redes de televisão ou programas favoritos por meio de banda larga ou qualquer aparelho, seja PC ou celular, você pode fazê-lo, desde que seja assinante de algum provedor multi-canal", afirmou Bewkes. "É uma extensão natural do modelo existente".
A iniciativa, chamada de TV Everywhere (ou TV em qualquer lugar), se apresenta como um esforço de todo o mercado e Bewkes espera um teste do modelo neste ano. "Não é algo apenas para o setor de televisão por assinatura", afirma. "É sim manter a saúde de todas essas redes fantásticas, enquanto fazemos com que não haja cobrança extra na plataforma online". A televisão por assinatura é um dos poucos recursos com base em assinaturas que a maior parte dos norte-americanos demonstram disposição em pagar. E isso é o que tem deixado boa parte da programação fora da web, a fim de preservar os 50% do total das receitas que vêm das assinaturas e evitar que as televisões por assinatura sofram do mesmo problema dos jornais ou gravadoras.
Tanto redes quanto operadoras de televisão paga têm muito a perder se o modelo de assinaturas cair, mas as redes ficam particularmente vulneráveis. Nas últimas duas décadas, a TV por assinatura atraiu dólares da TV aberta, saltando de 20% de receita com publicidade para os 50% de hoje. Mas os dias de bonança chegaram ao fim: a publicidade em TV está estagnada e operadoras como a Viacom sustentam a si próprias com as receitas de assinatura, em meio à queda da publicidade.
"No fim das contas, as operadoras de TV por assinatura ficarão bem, porque elas cobrarão pelo serviço que prestam, no caso, acesso às pessoas e nada quando o serviço toma a forma de vídeo linear ou em banda larga", afirma Craig Moffett, analista da Bernstein Research. No entanto, as redes não obtêm receitas com assinatura de audiências na internet. E se elas colocarem o conteúdo diretamente no online, há o risco de enfraquecerem suas mãos na hora de negociar seus próximos acordos com as operadoras.
Então, é assim que o "TV Everywhere" poderia funcionar: uma pessoa qualquer, ou um membro de uma casa que assina services de televisão a cabo, satellite ou via empresas de telecomunicações, poderia ter acesso online à programação incluído em seu pacote. Com o mercado apoiando o modelo, não importaria se o provedor for Time Warner Cable, DirecTV ou FiOS, da Verizon. A pessoa loga, informa dados de assinatura para um operador, e destrava diversos programas que não estão na web neste momento, como as séries The Wire, da HBO, e The Closer, da TNT.
Para 85% dos lares norte-americanos, o acesso extra seria gratuito. Bewkes disse que haverá opção "somente web" para aqueles que não possuem serviços de televisão por assinatura. O executivo acredita que o grande prol deste sistema é manter os lares com as assinaturas, enquanto expande um negócio nascente, com benefício da escala. "O que queremos é ter cinco pessoas assistindo televisão em um lar. Eu penso que o mesmo vale para este mundo", diz Bewkes.

Internet: medir para faturar

12/03/2009
B2B Magazine

As empresas brasileiras investiram R$ 1,5 bilhão em campanhas publicitárias na internet no ano passado, o que responde apenas por 2,7% de toda a verba direcionada a publicidade em 2008, que foi de R$ 59,7 bilhões. A televisão concentrou metade desse montante (R$ 29,8 bilhões), seguida pelos jornais (25%), revistas (9,3%), TV por assinatura (8,1%) e rádio (4,3%).
Apesar de estar na sexta colocação entre os destinatários dos recursos de publicidade, a internet já ultrapassa salas de cinema (0,7%) e outdoors (0,1%). Os dados são de um levantamento realizado pelo Ibope Monitor, que desde 2008 passou a considerar dados referentes ao universo on-line.
Foram colhidas informações dos seis principais portais do País (Globo.com, IG, MSN, Terra, Uol e Yahoo), que alcançam 91% dos internautas brasileiros. A alteração na ferramenta do Ibope visa atender os desejos dos principais portais da internet, que sempre viveram o dilema de não conseguirem vender espaços para as companhias apesar dos 51 milhões de usuários brasileiros.
Nesta quinta-feira (12/03), Jonathan Carson, presidente internacional da Nielsen Online, esteve em São Paulo no evento “Internet Sem Limites”, promovido pelo Ibope. Na ocasião, ele apontou que o quadro se inverterá. “Investimentos em mídias sociais tendem a crescer”, apontou.
Carson indicou quatro tendências globais que, consequentemente, devem afetar o mercado brasileiro e elevar os gastos com campanhas on-line. Redes sociais são uma delas. “Há dez anos, pessoas conversando em salas de bate-papo era uma atividade esquisita”, comentou.
Em pesquisa divulgada esta semana, a Nielsen aponta que dois terços dos internautas no mundo utilizam redes sociais e ficam em média 10% do tempo on-line nesse sites. Destaque para o Brasil, campeão de acesso e permanência. Cerca de 80% dos internautas daqui utilizam Orkut e outras redes, permanecendo até um quarto do tempo nelas.
“Alguns desses sites não têm sido bem sucedidos em se monetizar”, observou Carson. “Nos próximos dois anos, vamos tentar encontrar modelos para capitalizar essas redes com publicidade”, completou.
Outras tendênciasAlém das redes sociais, outra aposta são os vídeos por internet. Nos Estados Unidos, a Nielsen descobriu que 76% dos norte-americanos Youtube e outros sites. O período de maior utilização é entre as 09 e 17 horas, quando a maior parte das pessoas está no trabalho. “É um novo horário nobre”, disse Carson, argumentando que isso pode causar um impacto no mercado publicitário pois até então imaginava-se que esse era um horário impossível para atingir o público.
Apesar do fortalecimento da transmissão de vídeos via internet, isso não deve afetar as emissoras de televisão. O uso simultâneo de vários meios é outra tendência mostrada por ele. E, para finalizar, o uso da internet móvel. No Brasil, apontou Carson, os celulares devem impulsionar o acesso de camadas mais pobres da população à rede.
Apesar das dúvidas que pairam sobre publicidade na internet, Carson aconselha: “É lógico que você tem que fazer algumas apostas, mas é um bom momento para experimentar”.

Publicidade pela internet movimentará quase R$ 1 bi neste ano

16/03/2009
TELA VIVA News

A publicidade pela internet não sentiu os efeitos da crise e cresceu 44% no passado, somando R$ 760 milhões no Brasil. Com isso, os anúncios na web passaram a representar 3,5% do total de publicidade no país, um incremento de 0,8 ponto percentual em relação à participação de 2,7% que detinha no fim de 2007.
"Fechamos o ano passado com números positivos, mas acreditamos que deveríamos ter uma participação maior. Ainda existe muita oportunidade para se conseguir mais espaço para a internet nos investimentos publicitários. O Brasil tem um grande potencial e muitas oportunidades não exploradas", afirma Guilherme Ribenboim, presidente da IAB Brasil. A IAB é o braço brasileiro do Interactive Advertising Bureau norte-americano.
O executivo cita exemplos mundiais para mostrar o real potencial da internet. Segundo ele, na Inglaterra, a representatividade da web nos investimentos publicitários já esta próxima de ultrapassar a TV. Além disso, Ribenboim frisa que, no mundo, a internet já deixou o rádio para trás e deve ultrapassar os jornais e revistas neste ano.
No Brasil, a participação da web no bolo publicitário, de 3,5%, está muito aquém de veículos com rádio, jornais, revistas e televisão.
Entre as oportunidades de gerar novas receitas, Ribenboim aponta as redes sociais e blogs, que surgem como grandes possibilidades para investimento em campanhas, principalmente pela sua abrangência e adesão no Brasil.
A projeção para este ano é que a publicidade pela internet alcance a meta de faturar R$ 987,1 milhões, o que significaria um crescimento de 31%. "A internet pode ser um meio mais interessante para os anunciantes nesse momento, por possibilitar investimentos mais baratos e com retorno em curto prazo, ou seja, com uma mensuração de resultados mais rápida, o que vai ao encontro da necessidade das empresas no atual cenário. Isso é uma grande oportunidade para a internet", frisa Ribenboim.
Caso seja atingida a meta de crescimento para este ano, a web passaria a responder por 4,2% do bolo total de publicidade, uma expansão de 0,7 ponto percentual ante 2008.

Brasil fechará 2009 com 68,5 milhões de internautas

16/03/2009
TELA VIVA News

O Brasil fechou 2008 com 24,5 milhões de usuários residenciais de internet e 62,3 milhões de pessoas, no total, que acessam à rede, seja em lan houses, no trabalho ou em suas próprias casas, segundo dados do Ibope Nielsen.
A empresa de pesquisa alterou a forma como realizava a medição, anteriormente baseada em ligações para as pessoas que tinham telefone fixo. Agora foi adotada a visita residencial às casas dos pesquisados para realizar o levantamento. "Muitas pessoas deixaram de usar telefonia fixa e ficaram só com o celular. Por esse motivo, tivemos de incluir na amostragem as visitas residenciais. Com isso, obtivemos resultados mais fiéis à realidade do número de usuários de web no Brasil", afirmou Fabia Juliasz, CEO do Ibope e vice-presidente de fornecedores da IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau).
Com a mudança de metodologia, o número de 2008, que era de 39,9 milhões de pessoas com acesso à internet, saltou para 62,3 milhões, incluindo as pessoas que acessam no trabalho ou em LAN houses.
Para este ano, a IAB Brasil estima que ocorra um crescimento de 20% em relação ao ano passado no total de internautas residenciais no país. Deve-se atingir cerca de 28 milhões de usuários, dos quais 87% estarão conectados à banda larga, contra índice de 83% no fim do ano passado.
Na mesma comparação, é estimado que o número de pessoas com acesso à web seja de 10%, chegando em 68,5 milhões de internautas.
Entre as classes sociais, o IAB Brasil aponta uma expansão da internet dentre a população de baixa renda, com a participação da classe C no total de acessos à internet crescendo de 39%, em 2008, para 45% neste ano e as das classes D e E, atingindo 25% neste ano, contra 21% em 2008.
Já a penetração da classe AB no número de acessos deverá subir de 76%, em 2008, para 80% neste ano.

domingo, 15 de março de 2009

Redação Interconectada do Daily Telegraph


A mudança completa do formato e das instalações físicas da redação do Daily Telegraph, um dos jornais mais tradicionais da Inglaterra, representa o primeiro movimento integral de passagem da velha imprensa escrita para o novo mundo das multiplataformas.No novo conceito, diversas mídias andam em paralelo e se completam unificando redações e construindo um complexo de informações, de acordo com as necessidades e solicitações dos usuários – desde o tradicional leitor de jornais aos adeptos dos diversos recursos eletrônicos de nova geração.

Todo esse esforço do jornal britânico pretende compensar o esvaziamento crescente da circulação e do volume de publicidade das publicações impressas, a partir das novas formas de receber informações, como iPods, websites, MySpace blogs, podcasts, celulares etc. Para se ter uma idéia do esvaziamento dos leitores tradicionais, a Innovation, uma empresa de pesquisa de mídia da Inglaterra, fornece um dado impressionante: a projeção da média de idade dos leitores de revistas, que era de 21 anos em 1996, deverá ser de 31 anos em 2016.

As modificações introduzidas no Daily Telegraph são tão inovadoras que existem grupos de editores de diversos países europeus visitando a nova redação, como fonte de inspiração para uma nova forma de trabalho, onde todos os profissionais levam em conta as diversas mídias e a melhor forma de utilizá-las.O novo formato é chamado de “estrela” pela disposição das mesas de trabalho, que convergem para um ponto central de reunião, em que os trabalhos editoriais se encaminham para as diversas mídias, no formato apropriado de cada uma, de acordo com a velocidade e a profundidade exigida em cada meio de divulgação.

Também a equipe de marketing acompanha esse trabalho, identificando e pondo em ação as oportunidades diversificadas de promoção e faturamento. As salas dos fundos da redação são da diretoria, mais alguns Fator importante para a alimentação do site são as informações dos internautas, desde os que relatam problemas regionais até depoimentos dos soldados ingleses no Iraque. Além de muita comparação de serviços, avaliando, por exemplo, os hospitais de determinada região.

Na mesa de cada um dos 470 jornalistas há uma tela para digitação e outra das agências de notícias, com atualizações constantes, demonstrando na prática que a mídia impressa isolada, na área de informação, não terá mais vez no futuro.Nas paredes estão as projeções, visíveis de qualquer ponto da redação, com formato maior para o site do jornal contendo a audiência das matérias mais clicadas, um importante indicativo de interesse do leitor, um bom auxílio na preparação do jornal. Ali está também a versão impressa do jornal – lida por apenas 10% dos internautas que navegam pelo seu site. E os diversos noticiários da televisão. As notícias de última hora vão direto para o site, ficando para a versão impressa os comentários, análises e interpretações dos fatos.

Trata-se de um sistema de aprendizado múltiplo, extensivo a toda a equipe, pelo período de um ano, em que o tradicional redator de jornal passa a pensar também nas plataformas digitais, assim como os jornalistas de formação eletrônica passam a se familiarizar com os textos mais elaborados da imprensa escrita. Como 40% das respostas ao conteúdo do site do jornal vêm de fora da Grã-Bretanha, os jornalistas se convenceram de que seu trabalho passa a ter um alcance muito maior, ao trabalhar também on-line. Um bom motivo para que os fanáticos por Gutemberg ampliem seu interesse pelas novas mídias.

BIBLIOGRAFIA

BIBLIOGRAFIA

ANG, Tom. Vídeo Digital: uma introdução (trad. Assef Kfouri e Silvana Vieira), São Paulo, Ed. SENAC São Paulo, 2007.
ARANTES, Priscila. Arte e mídia: perspectivas da estética digital. São Paulo: Senac, 2005. 190 p.
CROCOMO, Fernando. TV Digital e Produção Interativa: a comunidade manda notícias. Editora da UFSC, Florianópolis, 2007, 178p.
DE LUCA. L.G.A. Cinema Digital: Um novo cinema?, Coleção Aplauso, Editora Oficial-Fundação Cultura, 2004.
FERRARI, Pollyana. Hipertexto Hipermídia: as novas ferramentas da comunicação digital, Editora Contexto, São Paulo, 2007.
GOSCIOLA, Vicente. Roteiro para as novas mídias: do game à TV interativa. São Paulo: Editora Senac, São Paulo, 2003. 271 p. (*)
MONTEZ, Carlos. TV Digital Interativa: conceitos, desafios e perspectivas para o Brasil, 2 Ed., 2005. (*)
MCLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação: Como Extensões do Homem. São Paulo, Editora Cultrix, 1985. 407 p. (*)
NEGROPONTE, Nicholas. A vida digital. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 231 p. (*)
SANTAELLA, Lucia - Navegar no Ciberespaço (2004) (*)

LEITURA COMPLEMENTAR

ARMITAGE, John (ed.) (2002) Paul Virilio: From Modernism to Hypermodernism and Beyond. Londres: SAGE Publications.
BARRETO, Aldo de Albuquerque. Mudança estrutural no fluxo do conhecimento: a comunicação eletrônica. Ciência da Informação, Brasília, v.27, n. 2, (pp 122-127), maio - ago, 1998.
BECKER, Valdecir. Convergência tecnológica e a interatividade na televisão. In: Comunicação e Sociedade N 48, ano 29, São Bernardo do Campo (SP), ED. UMESP, 2007.
CASTELLS, Manoel. A sociedade em rede, Rio de Janeiro, Ed. Paz e Terra, 1999. (*)
COMPARATO, Doc. Da Criação ao Roteiro, Rio de Janeiro (*)
FILHO, Daniel. O Circo Eletrônico, Rio de Janeiro, 2001 (*)
JOHNSON, Steven (trad. Maria Luiza Borges). Cultura da Interface: como o computador transforma a nossa maneira de criar e comunicar, Rio de Janeiro, Ed. Jorge Zahar, 2001
LEVY, Pierre. Cibercutura. N.2, Ed. São Paulo: Ed. 34, 2000.
LEVY, Pierre. A conexão planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. São Paulo, Ed. 34.
LEVY, Pierre. As tecnologias da inteligência, São Paulo, Editora 34, 1993.
LINS, Consuelo e MESQUITA, Claudia. Filmar o Real: sobre o documentário brasileiro contemporâneo, Rio de Janeiro, Editora Jorge Zahar, 2008. (*)
LUNENFELD, Peter (2001). Snap to Grid: A User’s Guide to Digital Arts, Media, and Cultures. Cambridge: MIT Press.
MANEVICH, Lev. Review of New Media from Borges to HTML, in The Language of New Media.
MASCARELLO, Fernando (org). História do Cinema Mundial, Coletânea Campo Imagético, Campinas (SP), Ed. Papirus, 2006.
REIS, Joari. Breve história do cinema, Ed. Educat-P, São Paulo, 2002.
RICKITT, Richard. Special Effects: The history and technique.
WELLS, L. (2002) Photography: A Critical Introduction. London: Routledge.
WETHEIM, Margareth. Uma história do espaço de Dante à Internet, Rio de Janeiro, Ed. Jorge Zahar, 2001.
WOLTON, Dominique. Internet, e depois? Um teoria crítica das novas mídias.
ZUFFO, Marcelo Knorich. A convergência da realidade virtual e internet avançada em novos paradigmas de TV digital interativa. 2001.

sábado, 14 de março de 2009

A TV Digital no Brasil

O tema foi objeto de muitos estudos, com investimento público que beira os R$ 100 mi, e ainda está longe da estabilidade comercial. Tecnicamente, a TV digital no Brasil é exemplo internacional, com funcionamento muito melhor do que o esperado. Porém faltam incentivos para que a população compre os receptores, considerados caros e sem atrativos para quem não tem TV de plasma ou LCD de alta definição.
Resumidamente, as discussões sobre a TV digital começaram no Brasil em 1994, quando foram feitos os primeiros estudos sobre o tema, conduzidos pela Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) e a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Desde então tem se debatido vários aspectos tecnológicos, com foco nos padrões e sistema internacionais que poderia ser adotados. Até 2000, não houve resultados concretos desses estudos. Ficaram muito mais na suposição e na falta de vontade política de avançar.
Centrando os estudos nos três sistemas existentes (americano ATSC, europeu DVB e japonês ISDB), a Anatel iniciou os seus estudos sobre TV digital e mercado de telecomunicações em 1998. Além de tomar a frente nas pesquisas, a Agência avalizou a iniciativa SET/Abert, dando continuidade ao trabalho que vinha sendo desenvolvido, porém com uma visão mais pragmática. O objetivo inicial era escolher um dos três padrões para ser adotado pelo Brasil. O desenvolvimento de um sistema nacional estava totalmente fora de questão.
No início de 1999 foram importados os equipamentos necessários para testar os três sistemas de transmissão. Os testes de laboratório e de campo foram feitos em setembro daquele ano e em janeiro de 2000, respectivamente. Também foram feitas demonstrações da tecnologia em locais públicos, como shoppings.
Logo no início dos testes, em fevereiro de 2000, percebeu-se que a modulação 8-VSB, usada pelo sistema norte-americano, não atendia às necessidades brasileiras, uma vez que seu desempenho foi insatisfatório na recepção doméstica, principalmente usando antenas internas. Esse fato levou a Anatel a descartar o padrão de modulação norte-americano, colocando em consulta pública a utilização do COFDM, usado pelo DVB e ISDB. Atualmente, quase metade (47%) dos aparelhos de TV tem recepção apenas por antenas internas.
O relatório final dos testes de TV digital confirmou o melhor desempenho dos sistemas europeu e japonês, além do desempenho insuficiente do ATSC (americano) nos quesitos transmissão de sinais em áreas de sombra e para receptores móveis. Entre os dois primeiros, o ISDB (japonês) foi considerado superior ao DVB (europeu), devido ao melhor desempenho na recepção de sinais televisivos em ambientes fechados, e a sua flexibilidade para recepção de programas ou acesso a serviços, através de terminais fixos ou móveis. Em 31 de agosto de 2000, a Anatel encerrou a discussão técnica sobre o padrão de TV digital a ser adotado no Brasil. Esperava-se um pronunciamento oficial sobre qual tecnologia seria adotada, mas este anúncio foi adiado para depois da posse do novo governo, que ocorreria dois anos depois.
Após a posse, o então Ministro das Comunicações, Miro Teixeira, encaminhou uma carta de intenções ao Presidente da República, onde levantou a necessidade da inclusão digital através da TV interativa. Era o primeiro sinal de que o assunto teria outro tratamento. O passo seguinte foi o anúncio de que o país desenvolveria um padrão próprio de transmissão, idéia que foi amplamente defendida pelo ministro até sua saída do Ministério, um ano após tomar posse. Em maio do mesmo ano, foi criado um grupo de estudo para analisar novamente o assunto e dar um parecer sobre os estudos já realizados.
Os trabalhos desse grupo de estudo duraram até novembro, quando saiu o decreto Nº. 4.901, que instituiu o Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD). O decreto, além de nortear a transição do sistema analógico para o digital, deixou claro que esse avanço tecnológico não se restringiria a uma simples troca de equipamentos. A preocupação com a inclusão social por intermédio da TV e com o desenvolvimento da indústria nacional estava entre os principais objetivos. O decreto deixou claro que a TV digital seria uma ferramenta com finalidades sociais, não uma simples evolução tecnológica que atende apenas a interesses mercadológicos ou econômicos.
Para conduzir os estudos foram lançados 20 editais públicos, em forma de Requisição Formal de Proposta (RFP), buscando projetos para atender as mais variadas áreas que compõe a TV digital. Os editais incentivaram a formação de redes de pesquisa, onde os estudos são realizados de forma descentralizada por várias instituições trabalhando num mesmo tema. No total, o SBTVD envolveu 79 instituições acadêmicas, de P&D e da indústria eletroeletrônica, congregando mais de 1.200 pesquisadores.
O resultado final foi a opção pelo padrão OFDM-BST de modulação, integrante do sistema japonês de TV digital, que permite transmissões para dispositivos portáteis na mesma freqüência do canal de radiodifusão. Além disso, foram incorporadas inovações tecnológicas como o padrão de codificação H.264 e o middleware Ginga. Este último desenvolvido nacionalmente.
Esquema de tecnologias do ISDB-Tb. De baixo para cima: camada de modulação, multiplexação, codificação de vídeo, codificação de áudio (até aqui tudo é implementado em hardware no receptor); middleware e aplicações.
Esquema de tecnologias do ISDB-Tb. De baixo para cima: camada de modulação, multiplexação, codificação de vídeo, codificação de áudio (até aqui tudo é implementado em hardware no receptor); middleware e aplicações.
O Decreto Nº. 5.820, além de definir as tecnologias componentes do ISDB-Tb (International System for Digital Broadcasting - Terrestrial Brazil), nome comercial adotado pelo SBTVD, também estabelece as regras de implementação da TV digital no Brasil, delimitando em sete anos o prazo para que o sinal digital cubra todo o território nacional. Em 10 anos toda transmissão terrestre no Brasil deve ser digital e as concessões de canais analógicos devolvidas pelos operadores privados à União. Além disso, define que a TV digital brasileira terá alta definição, mobilidade, portabilidade, multiprogramação e interatividade.
Para desenvolver e implementar plenamente o ISDB-Tb, foi criado o Fórum do SBTVD-T, composto por representantes do setor de radiodifusão, do setor industrial e da comunidade científica e tecnológica, entre outros. O principal objetivo do Fórum é promover a definição, desenvolvimento, planejamento da implantação e implementação dos padrões técnicos voluntários e obrigatórios do ISDB-Tb.
A inauguração da TV digital brasileira aconteceu em dois de dezembro de 2007, em São Paulo. Na ocasião, as principais redes de TV da cidade lançaram suas transmissões digitais, mesclando conteúdos em alta definição com outros em definição padrão. Também foram lançadas as transmissões One-Seg, para dispositivos portáteis, em baixa definição. Atualmente, 11 capitais brasileiras já têm sinal digital comercial, abrangendo 46% da população. Pelo menos mais cinco capitais estão em fase de teste da tecnologia, cujo lançamento deve ocorrer nos próximos meses.
A interatividade foi postergada para um segundo momento. No entanto, vários fabricantes de set top boxes (receptores digitais, com saída analógica, que fazem a decodificação do sinal digital e suportam a interação do usuário) embutem softwares nos equipamentos, o que permite algum tipo de interatividade, como o guia de programação. As informações que compõem o guia são transmitidas multiplexadas ao fluxo de áudio e vídeo, e extraídas no momento da exibição. Como as transmissões digitais foram iniciadas sem o middleware Ginga nos set top boxes, atualmente o guia eletrônico de programação (EPG) é o único recurso interativo presente que permite alguma interação entre o usuário e o receptor através de software e controle remoto.
No entanto, há vários receptores com versões de Ginga sendo vendidos clandestinamente. No centro da cidade de São Paulo, um receptor com Ginga-NCL implementado parcialmente é vendido a um preço médio de R$ 600,00. Esses receptores não são atualizáveis, mas recebem alta definição e têm saída HDMI.
Além disso, nesta semana foi lançado comercialmente o middleware RCA Soft. Trata-se de uma implementação das linguagens NCL e LUA, com suporte a aplicações carregadas localmente pela porta USB ou transmitidas pelo ar via carrossel de objetos. Por enquanto o middleware RCA Soft é voltado para o receptor XPS-1000 da Proview. Quem já comprou esse receptor pode fazer o download do Ginga no site da própria RCA Soft, a um custo de R$ 199,00, e acompanhar os testes que estão sendo feitos pelas emissoras de TV. Esse preço inclui os serviços técnicos de preparação do software de instalação para o receptor, envio do software por e-mail com as instruções detalhadas para atualização, envio de algumas aplicações interativas de exemplo e suporte técnico do usuário por e-mail durante o período de 90 dias.
A escolha das tecnologias envolvendo a TV digital no Brasil causou muita polêmica. Por um lado, a iniciativa do governo federal em usar a TV digital como fonte de inclusão digital não obteve respaldo das emissoras de TV, responsáveis pela geração de conteúdo. Por outro, o lobby do Sistema Europeu desvirtuou o debate, com informações incorretas sobre o potencial da tecnologia.
Analisando o processo agora, três anos depois do centro do debate, percebe-se que o DVB está à míngua, com o MHP questionado por todo mundo que o adotou. Além disso, a escolha pelo MEPG-4 se mostrou totalmente acertada. Os EUA já anunciaram a evolução do sistema ATSC para incorporar essa tecnologia de codificação; a Europa está em vias de fazer o mesmo, uma vez que a França também optou por essa tecnologia. O Japão está estudando como evoluir o ISDB para incorporar essa inovação. Isso mostra na prática o que se sabia teoricamente: o ISDB-Tb é o sistema de TV digital com as tecnologias mais avançadas.
O único componente genuinamente nacional do ISDB-Tb é o middleware Ginga, desenvolvido pelas Universidades PUC-Rio e UFPB. Até o momento, a linguagem declarativa NCL e a procedural LUA estão confirmadas e especificadas pela ABNT. Os receptores e ferramentas de teste disponíveis no mercado estão baseados nessas duas linguagens. O Fórum do SBTVD ainda estuda a adoção da linguagem Java, como padrão procedural.
Resumidamente, os principais recursos do Ginga são:
Recebimento de aplicações pelo ar
Envio de informações por qualquer rede
Sincronismo no tempo e no espaço
Interatividade
Adaptabilidade
Múltiplos dispositivos
Edição ao vivo
A linguagem NCL sozinha dá suporte a todos esses recursos, que podem ser incrementados com LUA. Cada uma dessas características será detalhada nas próximas semanas nesta coluna, com exemplos em NCL e LUA. Na semana que vem a coluna vai abordar infraestrutura de desenvolvimento e de teste de aplicativos para TV digital. Não se esqueça de enviar seus comentários e dúvidas. E um bom carnaval, cheio de Ginga.

sexta-feira, 13 de março de 2009

The ongoing good and bad of digital TV broadcast transition

Rob Pegoraro - The Washington Post (13/03/2009)

The digital TV transition has been going on for longer than you'd think -- two decades ago, people in Washington were evaluating proposals to improve the quality of TV broadcasts. But this long march is nearing its end.
Millions of Americans enjoy high-definition broadcasts for free. More than a third of U.S. broadcasters shut off their analog signals last month, and the remainder will by June 12. But a small minority of viewers remain perplexed and angered by the digital transition, as if it were a plot perpetrated by the same illuminati responsible for outsourced tech support and scissors-proof "blister pack" packaging.
That's untrue: The DTV transition has been far too disorganized to be the product of any conspiracy.
Consider how a few major DTV issues have played out over the past decade or so. Could they have been better managed? Sometimes yes, sometimes no -- and in one case, the DTV transition went better than many people expected.
DTV or HDTV?Nine years ago, some smart people thought the high-definition part of digital TV was a waste of time; better to focus on cheaper "enhanced-definition" TVs with DVD-grade resolution. Meanwhile, many networks didn't want to invest in HD. For example, Fox didn't upgrade its broadcasts to high-def until 2003.
And yet the pie-eyed optimists who, back in the mid-1990s, pushed for a digital-TV specification that included multiple flavors of high definition got this one right. This standard was also flexible enough to accommodate the switch from cathode-ray-tube TVs to flat-panel LCDs and plasmas, which don't redraw moving images the way their bulky predecessors did.
Had we taken another path, we'd have the pain of the digital transition without the pleasure of HDTV.
TVs without tunersIf the industry underestimated its ability to make HDTV affordable, it overestimated its ability to do the same for over-the-air digital reception.
For several years after the first DTVs went on sale in 1998, almost no sets included digital tuners. But even as costs declined and performance improved (by August 2004, tuners from LG and Samsung delivered great results in tests around the Washington area), manufacturers kept shipping "HD-ready" sets without digital tuners.
To ensure that broadcasters would give up their analog spectrum, the Federal Communications Commission began requiring that TVs include digital tuners. But the FCC phased in this rule too hesitantly -- it didn't cover sets smaller than 25 inches until March 2007, less than two years before the Feb. 17 deadline Congress just punted to June.
Considering how long people keep TVs, that was not nearly enough time for DTV reception to become a mass-market reality.
Late, not-so-great converter boxesOne remedy was supposed to be a flood of cheap converter boxes that could bring any old TV into the digital era. But these boxes didn't land in stores until spring 2008. They had to pass government-run performance tests, but no such attention was paid to their usability -- leaving buyers to puzzle through different arrangements of antenna jacks and video inputs and outputs.
After a prolonged debate over whether to help buyers with the cost, the government began giving away $40 coupons. Unfortunately, most of these boxes sell for closer to $60. The coupon program itself ran out of money in January, though it's now restarting.
Trying to cram this stage of the digital transition into the final 12 months looks like another mistake.
Guessing games with local signalsThe best digital tuner won't help if a nearby station airs a digital signal at partial strength or under some other temporary impairment. But viewers have few easy ways to check for those problems or to see whether a station's reception will clear up after its signal moves to a different frequency after the analog shutoff.
The FCC collects a wealth of technical detail from broadcasters but hides it behind one of the worst-organized, least-helpful sites in all of government. Until that agency began providing a more accessible site earlier this year (dtv.gov/fixreception.html), your best source might have been a volunteer-run site, rabbitears.info.
Cable's botched digital transitionViewers who subscribe to cable TV haven't had to worry about these issues. But the digital upgrades cable operators have made to their networks inflicted pain of their own.
Those companies cut analog service that worked on "cable-ready" TVs without establishing a standard for digital-cable reception that would let viewers continue to opt out of cable boxes. They made a total mess of their first big attempt at a standard link between digital-cable services and digital TVs, the CableCard, and have taken so long with their second, Tru2Way, that it won't hit the mass market until well after analog TV's death.
(Satellite broadcasters have done even worse; they've never seriously tried to set a comparable receiver standard.)

Link: http://detnews.com/apps/pbcs.dll/article?AID=/20090313/BIZ04/903130320

quinta-feira, 12 de março de 2009

Para todos os tipos

http://www.slideshare.net/darmano/digital-experience-design-the-digital-agency.

Para se conectar

http://www.slideshare.net/wah17/social-media-35304.

Cinco influências de Darwin na tecnologia 12/02/2009 | Folha Online

As influências de Charles Darwin sobre o pensamento científico não se restringem apenas à biologia ou mesmo às ciências sociais. Seu legado também foi inspiração para ferramentas que, até hoje, têm importância no desenvolvimento tecnológico. Segundo o site Techradar, que fez uma lista para explicar essas referência darwinianas, "cada nova aplicação refuta a ideia de que a evolução não pode ser provada, ou que não pode ser testada; são provas inequívocas da ação da evolução e da continuidade do poder das ideias de Darwin." Entenda, abaixo, as principais influências de Darwin sobre a tecnologia.

Algoritmos genéticos

Por volta de 1950, quando computadores já se tornavam rápidos o suficiente para gerar resultados úteis, a evolução da informática inspirou o desenvolvimento de uma nova fórmula de "raciocínio" para as máquinas. O algoritmo genético trabalha por um viés semelhante ao da seleção natural. Em síntese, um grupo de possíveis soluções é gerado aleatoriamente para o problema apresentado. As soluções mais bem-sucedidas são escolhidas reproduzidas, enquanto aquelas que não se saem bem são separadas e descartadas. Isso se revelou um ótimo caminho para resolver problemas difíceis ou criar soluções inteiramente originais. As aplicações foram variadas desde inventários de estoques até videogames.

Design de videogames

A influência do cientista britânico nos games está na década de 60: um dos muitos programas de elaboração de jogos levava o nome de Darwin, que consistia em fazer com que programas vitoriosos se autocopiassem na memória vaga. Parece pouco, mas ele foi inspiração para, mais tarde, outro tipo de programação mais influente: o "Core War", que possui muitas semelhanças com vírus de computadores, devido à capacidade de se multiplicar. O programa desenvolveu jogos sofisticados com estratégias e contra-estratégias. Recentemente, as influências de Darwin aparecem em games como o "Spore", que simula estágios da evolução de uma espécie e foi eleito pela revista norte-americana "Time" como uma das melhores invenções de 2008. Outra influência aparece em técnicas usadas para a geração de mundos virtuais, como no jogo "Creatures". Enquanto "Spore" não tem a precisão científica da teoria da evolução, o "Creatures" é deliberadamente modelado na reprodução biológica.

Robótica
A programação de robôs para o uso em tarefas é frequentemente demorada, suscetível a erros de processo. Quando o autômato passa por mudanças físicas ou atualizações, requer reprogramação. Evolução das espécies é uma das premissas para a criação de androides na Inglaterra Isso exige robôs hábeis para adaptação por desenvolvimento de novos controles. Na Escola de Engenharia da Universidade Robert Gordon, na Inglaterra, as premissas evolutivas são o parâmetro de construção de androides. "A pesquisa [em robótica] é inspirada pela evolução dos animais, das estruturas mais simples aos organismos mais complexos, durante períodos evolutivos ao longo do tempo. Se você quer desenvolver um robô complexo, por que não usar a mesma rota da biologia?", diz Sethuraman Muthuraman, responsável pela pesquisa.

Engenharia
Segundo o site NewScientist, uma simulação digital da seleção natural, baseada em computadores ligados à internet, testa cada circuito eletrônico para identificar os que estão mais perto de produzir o desempenho desejado. Pela internet, os computadores enviam informações sobre os melhores projetos, que são combinados --uma simulação da reprodução sexual-- para produzir uma "população" com capacidade maior de mutação. Assim, o processo de seleção recomeça sobre ela.

Produção em massa e aeroespaço

A fabricante sueca de automóveis Volvo usou um programa de evolução para planejar trabalhos de fabricação complexa, reduzindo o tempo de criação do planejamento de quatro dias a uma semana para apenas um dia. Na Escócia, um programa similar foi usado para administrar o estoque e suprimento de 7 milhões de barris de uísque --um trabalho que, normalmente, envolve cinco pessoas. Para completar, um software baseado em algoritmos genéticos auxilia a manutenção do tráfego no sistema de controle aéreo dos EUA.

Uma breve história do futuro

"Hoje se decide como será o mundo em 2050 e se prepara como ele será em 2100. Dependendo de como agirmos, nossos filhos e netos herdarão um mundo onde será possível viver ou enfrentarão um inferno. Para deixar-lhes um planeta habitável, é preciso nos darmos ao trabalho de pensar no futuro, de compreender de onde ele vem e
como agir sobre ele. Isto é possível, já que a História obedece a leis que permitem projetar e orientar certos cenários, a partiur de dados atuais.

A situação é simples. As forças do mercado detêm o planeta "nas mãos". Última expressão do individualismo, essa marcha triunfante do dinheiro explica o essencial dos mais recentes sobressaltos da História: para acelerá-la, para recusá-la, para dominá-la.

Se essa evolução chegar ao fim, o dinheiro acabará com tudo o que pode prejudicá-lo, incluindo os Estados, que ele destruirá aos poucos, até mesmo os Estados Unidos da América. Uma vez transformado na lei única do mundo, o mercado formará o que chamarei de hiperimpério, incompreensível e planetário, criador de riquezas comerciais e de alienações novas, de fortunas e de misérias extremas; no hiperimpério a natureza será regrada, tudo será privado, até mesmo o exército, a polícia e a justiça. O ser humano será, então, coberto de próteses, antes de tornar-se um artefato, vendido em série a consumidores transformados, eles mesmos, em artefatos. Depois, o homem, daí em
diante inútil às suas próprias criações, desaparecerá.

Se a humanidade recuar diante desse futuro e interromper a globalização pela violência, antes mesmo de ser libertada das suas alienações anteriores oscilará numa sucessão de barbáries regressivas e de batalhas devastadoras, utilizando armas hoje impensáveis, opondo Estados, grupos religiosos, entidades terroristas e piratas privados. Chamarei essa guerra de hiperconflito. Este poderia, também, fazer desaparecer a humanidade.

Se a mundialização puder ser contida sem ser recusada, se o mercado puder ser circunscrito sem ser abolido, se a democracia puder se tornar planetária, permanecendo concreta, se a dominação de um império sobre o mundo puder cessar, então se abrirá um novo infinito de liberdade, responsabilidade, dignidade, superação, respeito pelo outro. É o que chamarei de hiperdemocracia. Esta conduzirá à instalação de um governo mundial democrático e de um conjunto de instituições locais e regionais. Possibilitará a cada qual, pelo emprego reinventado das fabulosas potencialidades das próximas tecnologias, ir rumo à gratuidade e à abundância, beneficiar-se equitativamente dos lucros da imaginação mercantil, preservar a liberdade dos seus próprios excessos, bem como dos seus inimigos, deixar às gerações vindouras um meio-ambiente mais bem protegido, fazer nascerem, a partir de todas as sabedorias do mundo, novos modos de viver e criar em conjunto.

Então, pode-se contar a história dos próximos cinquenta anos, e antes de 2035 a dominação do Império Norte-Americano terá fim, provisória como a de todos os seus predecessores. Em seguida, uma após a outra, rebentarão três ondas de futuro: hiperimpério, hiperconflito e, depois, hiperdemocracia. Duas ondas a priori mortais. A
terceira, a princípio, impossível. Sem dúvida, esse três futuros se mesclarão. Já se imbricam. Acredito na vitória, por volta de 2060, da hiperdemocracia, como forma superior de organização da humanidade, expressão última do motor da História: a liberdade."